Chuva histórica provoca destruição e alagamentos em Araguari

Em menos de uma hora, volume de chuva atingiu 70 mm e causou arrastamento de veículos, danos em vias e invasão de prédios públicos

Por Redação Mais FM 93,5
06/11/2025 às 19:35

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Um forte temporal atingiu Araguari, no Triângulo Mineiro, no fim da tarde desta quarta-feira (5/11), causando transtornos em diversas regiões da cidade. Segundo a Prefeitura, o volume de chuva chegou a 70 milímetros em cerca de 45 minutos, número considerado excepcional e fora da normalidade para o período.


O impacto da água foi imediato: ruas alagadas, árvores arrancadas, veículos arrastados e trechos inteiros de asfalto destruídos em pontos centrais e periféricos. Bairros como Independência, Maria Eugênia, Goiás e o Centro foram os mais afetados. Na Avenida Coronel Teodolino Pereira de Araújo, um dos principais corredores de trânsito da cidade, o piso asfáltico foi completamente danificado.


O prefeito Renato Carvalho classificou o episódio como um marco negativo para o município:


“Foi uma das chuvas mais intensas que já enfrentamos. Esse volume de água em tão pouco tempo sobrecarregou todo o sistema de drenagem. Infelizmente, o estrago foi grande: ruas ficaram intransitáveis, prédios públicos foram invadidos pela água e tivemos veículos levados pela enxurrada”, declarou.


O Corpo de Bombeiros precisou resgatar moradores e motoristas que ficaram ilhados, enquanto a Defesa Civil atendeu chamados para quedas de árvores e obstruções de vias. Apesar dos danos materiais, não houve registro de feridos ou vítimas fatais. A Prefeitura anunciou que deve decretar situação de emergência para agilizar o acesso a recursos estaduais e federais.


Pré-chuvas intensas já haviam sido registradas em Araguari em anos anteriores, como em 2017 e 2018, quando volumes de até 82 mm também foram registrados em poucas horas, causando estragos semelhantes. Apesar de intervenções preventivas, a cidade ainda enfrenta desafios estruturais no manejo de águas pluviais.


De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do Inmet, a combinação entre calor intenso, elevada umidade e a passagem de uma frente fria no litoral criou as condições ideais para a formação de núcleos de tempestade.

“Essa configuração gerou uma situação pré-frontal com grande instabilidade sobre a região, o que explica a força das chuvas”, observou.


Equipes da Secretaria de Serviços Urbanos e da Superintendência de Água e Esgoto (SAE) atuam na limpeza e desobstrução de bueiros e galerias pluviais, em uma corrida contra o tempo diante da previsão de mais chuvas nos próximos dias.


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