Transferência do controle só poderá ocorrer com anuência contratual e judicial até junho de 2026
Por Redação Mais FM 93,5
03/10/2025 às 11:34
O Vasco da Gama firmou um acordo de empréstimo com a Crefisa na última quarta-feira (1º), com cláusulas que condicionam qualquer venda ou mudança no controle da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) à autorização prévia da instituição financeira. A operação também depende da aprovação da Justiça e da administração judicial, já que clube e SAF estão sob regime de recuperação judicial.
Segundo reportagem do Globo Esporte, a Crefisa venceu uma concorrência na captação de R$ 80 milhões em modalidade DIP (financiamento para empresas em recuperação), com a promessa de apoio ao ajuste do fluxo de caixa do clube.
A operação foi precedida por manifestação da Administração Judicial (AJ), que reconheceu a urgência da medida, mas apontou lacunas que precisam ser corrigidas. Um dos pontos mais sensíveis é a utilização de 20% das ações ordinárias da SAF como garantia, o que exigirá aval do Conselho Deliberativo e do juiz responsável pelo processo judicial.
No contrato, constam obrigações contratuais que obrigam o Vasco a manter sua estrutura societária e grupo de controle sem alterações, não distribuir dividendos e fornecer relatórios contábeis mensais, sem prévia anuência da Crefisa. Essas cláusulas valem até 8 de junho de 2026.
Um grupo de sócios do clube questionou se o processo está em conformidade com o estatuto vascaíno. Alegam falta de transparência no pedido de empréstimo, exigindo publicação de documentos e justificativa clara para escolhas feitas no acordo.
Por sua vez, o vice-presidente jurídico do Vasco, Felipe Carregal, rebateu as acusações, afirmando que os questionamentos têm viés político e negou que haja violação estatutária.
Se o clube não cumprir as condições contratuais ou descumprir o cronograma, a Crefisa poderia assumir até 20% do capital da SAF como garantia. Essa medida ocorreria apenas em casos extremos de inadimplência.
Além disso, por estar em recuperação judicial, qualquer negociação relevante — como venda de controle — também deve passar pelo crivo da Justiça, inclusive das autoridades que conduzem o processo no Rio de Janeiro.
Fonte: GE Esportes
Foto: Anderson Romão/AGIF
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